quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eu, a chuva e o tempo

Uma poltrona sob uma meia luz.
A chuva caindo lá fora vai limpar tudo.
O olhar vago, imaginando a água do céu encontrar o mar.
O asfalto molhado quase invadindo a janela.
Às vezes faz frio. De repente bate um calor.
A vida está assim. Em doses suaves de alegria, em hematomas de amor.
Se eu ligar o som vou parar de ouvir o barulho das águas.
O silêncio está se encarregando de musicar. 

Não sei como vim parar aqui. Onde foi que perdi o tempo?
Meu livro tem páginas brancas demais.
Meus calos me largaram sozinha aqui nessa sala. 
E não tenho muito nada além de mim mesma para seguir adiante. 
Tudo ao redor é tão vazio que já não sinto meu corpo.

Nenhum convite para hoje...
A não ser esse tempo, sozinho como eu, a me acompanhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário