domingo, 30 de agosto de 2009

Atlântico

Não tinha momento melhor.
Como se esse dia tivesse começado fadado a terminar mal.
De manhã eu já sabia que precisaria de muito mais do que apenas endorfina.
Altas doses...
E, de repente, como quem vê no fracasso a expectativa de um sucesso, saí da estagnação para a vida.
Nos olhos atrás do balcão, percebi o fim de uma noite já acabada há ano.
No início de uma nova história, de um novo...
Assim recomeço um ano que se perdeu além do Atlântico.

Vicky, Christina, Barcelona, Junior...

Eu tenho o dom. Nasci para ser escritora. Só alguém com a minha predisposição para ter histórias pode ter tal profissão. Não é à toa que os meus causos são como são. Não há nenhuma ficção nas minhas poesias. Não há lorota nos contos. Eu simplesmente vivo tudo. Desde a tristeza básica da tpm até o auge da cara de pau de um personagem de cinema.
Os rótulos, não tenho. E há quem diga que eu sou além da linha do comum. Mas não é algo que eu me importe. Bom mesmo é que existe alguém assim. Cuja felicidade se encontra em uma porta de boite ou na calçada de um botequim. Quem faz a minha vida sou eu. E melhor que fazê-la, é ter aptidão para registrá-la.
Enquanto o mundo vibra com a minha criatividade borbulhante, eu brinco de viver romances e recrio a realidade em folhas online.