sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Felicidade

Me esperam ansiosamente...
O livro.
A cama.
O leite.
Depois me perguntam se eu sou feliz...

Brincadeira de verão

Escrevi uma poesia outro dia.
De cabeça, enquanto pedalava.
Não lembro as palavras
E não sei a melodia.
Mas o assunto eu lembro bem
É daquele tipo que vai
Mas sempre que pode, outra vez vem!
Escapa escapa mais sempre recai...
Por isso, hoje, quando me perguntarem
Eu digo que não, já nem sei mais...!
Nesse verão onde o meu sol jaz
Vou brincar de vida nova!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cansei

Cansei desses anos platônicos,
Da distância cada vez maior,
Da ignorância depois do prazer.
Se é assim que deve ser,
Quero deixar registrado
Pra que mesmo entediado
Você não consiga esquecer.
Ponto final.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Pós night

Sei de cor.
As mensagens antigas,
As desculpas atuais,
A proposta de um futuro de papel.
Sei tão bem de cor,
Que embalo em qualquer música
Qualquer ritmo serve.
Sou capaz de ignorar métricas
E de esquecer acordes.
Não faz diferença.
Dessa jornada,
Nenhuma letra minha se faz presente.
Nem mesmo as de cor.
Nem as de cor,
Ou as em preto e branco.

Desligaram o som e apagaram a luz.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Em 2010

Não fui eu quem disse...
Não foi por opção minha...
Alguém aí que inventou!
Em 2009 eu relutei em aceitar,
Mas em 2010 vou constatar:
Felicidade se escreve com F.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sin sentidos

Estoy vieja.
Como una piedra que no sale de su lugar.
Como algo que no se puede cambiar.

Estoy sorda.
Solamente escucho lo que quiero decirme.
Mi oído se queda asi, firme.

Estoy ciega.
No puedo ver nada mas que no me acuerda...
Tengo que vivir con esa perdida.

Estoy sola.
Duermo para que el día parezca menor.
Para que yo me olvide de la palabra amor.

musos

domingo, 3 de janeiro de 2010

Perseguição

Um livro se perdia na seção "Poesía Argentina".
Abri, li uma e outra e me identifiquei com o autor.
Nem sabia que dentro haveria de encontrar algo quase autoral.

Obs: o autor não é porteño, mas sim mexicano.

"y en la Ciudad de México
te habrás mudado veinte
veces, nunca te hallaste,
tal vez ni lo quisiste,
no es fácil arraigar

aqui, pocos lo hacen,
yo me arraigué a los libros
y comencé a escribir,
que es como dar por hecho
que nada es reversible,

tú en cambio, que no escribes,
que lo mejor que haces
es bailar, que bailando
es cómo te reencuentras,
no das por hecho nada,

por eso te resistes,
esperas un milagro,
vives al día por dentro
para que la que eres
sea igual a la que fuiste.

...

No he dominado nada
tuyo, nada de ti
se me ha rendido, estás
como te conoci,
y si te doy la mano

o te rodeo con ella
la cintura, me cuesta
todavia acoplarme
a tu temperatura,
porque te temo aún.

Vienes de una ciudad
febril como me gustan,
sin pausas y sin cielo,
una ciudad que no
descansa de su angustia,

iré a São Paulo un dia
a devolverte algo"

Coincidências

Na imponência de um castelo grego
Letras latinas me confundem.
Se misturam em títulos soltos
Em livros onde me cego.


Nas coincidências que não me deixam,
Me perco em autorias do destino
Que mesmo em local alheio
Voltam a me atormentar.


Se não são nas minhas ruas
Nas suas hão de se ver
Que mesmo fugindo pra outro lado,
Acabo sempre frente a você.