quarta-feira, 18 de março de 2009

Mais uma tarde na UFRJ

Que orgulho! Estudar na UFRJ! A antiga Universidade do Brasil!
Mesmo quando resolvi voltar à estaca zero, após me formar em Publicidade na PUC, pensei que poderia aprender muitas coisas novas. Cursar Letras numa das maiores faculdades do país e ainda por cima de graça (!) parecia um sonho! O fato é que, cursar, propriamente dito, não tem sido o melhor verbo para definir o que eu faço por aqui.

Após duas semanas de aula, vim para o Fundão - aliás, nome excelente para especificar o que se passa por aqui, que explico depois. Este período já começou e eu ainda me encontro na aparente impossível tarefa de descobrir qual é a minha sala de aula de minha única matéria (porque o SIGA - sistema online para matrículas etc - só me deixou inscrever-me em uma). Então, cá estou à toa no Fundão. O meu prédio nem é lá tãão grande, mas é que a organização é uma palavra que não existe por aqui. Provável que tenha sido retirada do vocabulário. Será que foi o acordo ortográfico?

Meus professores diriam que isso não tem nada a ver. Mas eu não sei onde eles estão pra ter essa certeza.

A única certeza que eu tenho é que neste terreno longíquo e semi-baldio, de clima único e não-encontrado em nenhum outro lugar e de ventilação fétida da super Baía de Guanabara, realmente aprendi algo útil.

Em 2 semanas eu aprendi a suportar a condição física daqui, de corpos suados no verão, outono e primavera, aprendi a pagar o valor de R$3,00 por uma latinha semi-quente de coca-cola light e a ter tolerância, MUITA tolerância.

Em 3 semanas anda me encontro no trabalho de detetive tentando investigar a minha sala e rastrear meu professor, que eu nunca vi na vida. Já fiz até um retrato falado.
Enquanto cada departamento (para ser bem burocrático tem que ter vááários! E aqui tem um bando!) dá a sua versão para o paradeiro da minha aula, aguardo sentada ao lado da Pretinha - vira-lata-mascote - escrevendo uns rabiscos como este.

Pois, enquanto o Sr Pai de Todos Google não me ajuda, me resta sentar e assitir os dias virarem noites nesta terra de ninguém.