sábado, 10 de abril de 2010

Todo ditado popular, vem sempre a calhar!

Escrevi em 2007, mas é atemporal!


Ditado popular



De grão em grão, a galinha se encheu.
Mas eu pergunto:
A galinha era ele, ou era eu?

Mais uma das antigas que gosto muito!


De todos que existem
A apatia é o pior mal
Nas trevas que residem
Qualquer sentimento é tal
Que por maior que seja a dor
Ignoro a hipótese do horror
De nada sentir.

Mentir que gosto da raiva
Serve pra proteger
O masoquista não pensa.
Apenas sente o meu prazer.

No estágio da irrelevância
Percebo que lá no fundo
O que não se esquece é a importância.
E por mais que todo o mundo
Diga não conhecer este lado
Bem sei eu que tudo é ânsia
De a ninguém pertencer.

(de junho de 2007)

Poesia do P


Um pé parado no ponto
Pronto pra pisar
Amassar o podre
Purificar o prato
Cheio de preconceito
Que o padre não soube curar

A pedra no caminho
A ponte, um desvio
O peso e o torpor
Pra uma pessoa sem valor
Parece palhaçada
Parte de uma piada
Prefiro permanecer
Aqui, então, parada.

(poesia escrita em abril de 2007)

Intestino

Ele me chama
Eu digo:
Calma!
Se de novo ele reclama
Eu obedeço.
Às vezes é assim,
Às vezes é o oposto
Numa relação perfeita,
Sem egoísmo.
Apenas prioridades. 



(esta poesia é de 08/05/2008, mas vem muuuito a calhar neste momento da minha vida)