quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ressaca

E mesmo depois desses fluidos
Viramos estranhos outra vez.
A água virou outra qualquer
E nada do que eu fizer
Faz essa onda ser igual.
Já implorei pra Iemanjá
Apelei pra Oxum
Mas esse mar mudou...
Não há cura pra essa ressaca.
Só resta esperar o tempo virar.

Minha oferenda

Ôh, Iemanjá...!
Eu queria seu filho,
Um presente vindo do mar!
Mas você me trouxe um
Que não quis desembarcar.
Então você mandou outro
Alguém pra ficar no lugar
E cuidar dessa princesa,
Tomar todo o meu ar.
Mas esse veio na onda
E na mesma onda vai voltar...
O mar não se pode controlar.
Ainda to esperando
Outro filho sair dessa água
Eu to pronta pra mergulhar!
E ofereço como minha oferenda
A minha vontade louca de amar.