terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pra você

Por onde anda
As pernas que eu procuro
Com as minhas?

Pelas mãos
Faço meu escudo
Enquanto não aninha.

No peito de quem voa
É ainda obscuro
Essa dor que alguém tinha.

Mas eu não sou assim
Tipo dedo duro
Que fala além do que devia.

Me mantenho fechada
E deixo todo o ar puro.
Pra quem merecia.

Na gaveta

Para o necessário,
Paro de dizer mais.
E guardo um amor futuro
Sem ódio ou rancor...

Guardo apenas o puro.