sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Aliança

Tudo é o caos.
Nas minhas partículas,
Das quais só eu sei as particularidades,
Ocasionalmente encontro
Um caso ou outro
De partes adversas.
Não que haja partidas
Ou cisões partidárias,
Mas é que quando há mistura e promessa
Lembro que cada parte é uma só
E é aí,
É aí que a guerra começa.

Essa semana foi criativa!

E na metalinguagem
Se faz a poesia
Não dela mesma,
A poesia,
Mas no próprio eu
Que mesmo lírico
É apenas real:
Mais uma vez
Um retrato
Um encontro casual.
Da boca e do papel.

Para os apaixonados

Na suavidade breve
Desse sopro de brisa
Até mesmo vento leve
Derruba qualquer edifício.

Das árvores, constante
Nem mesmo aas raízes
Sustentam esse rompante
Apesar de todo sacrificío.

Por qualquer tempo curto
Em sonho dura a eternidade
Lembrando que, às vezes, é no surto
Que se observa o precipício.