segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sincronia

Sinto o cheiro de um.
Penso em outro.

Meu cérebro e meu coração precisam chegar a um acordo.

Bar

esqueci o nome...

Palpitações

Dizem que dor no coração são os gases...

Acho que vou explodir hoje...

Ansiedade

Eu to nervosa...
Posso apagar minha memória?

Imaginação

Fico feliz em dizer meias verdades.
Poucas palavras que não dizem nem a metade
Do que se deveria dizer quando se sente assim.
Ai de mim.
Que tenho que transformar
Todas as noites em espetáculo
Pra ver se o obstáculo
Sai do meu coração.
Enquanto me divirto em vão,
Sabendo que não tem volta.
Para muitas coisas não tem solução.
Ao passo que uns tem filhos nas mãos,
Eu poetiso sem restrição.
Não faço abortos além dos cálculos
Mas esqueço de calar a boca.
Preciso parar de inventar verdades.

Um ano depois

E chega ao fim a data.
Assim, sem dores nem amores.
Nada como eu imaginava.

Não sei se estou feliz ou triste.

Outra vez o mesmo drink

Às vezes é disso que a gente precisa. Um drink forte, pesado, pra embebedar de vez as lembranças de um passado machucado. Tem horas que só a embriaguez nos permite sair do estado de inércia e da imersão cega a que nos afogamos.
De ano em ano, por mais que se tenha tentado, através de drinks e sobriedades, o resultado pode ser inesperado.
Em uma noite onde tudo pode dar errado, onde o fracasso nem sempre dorme cedo, é na luz do sol seguinte que muita emoção se explica.
Em uma boa dose pode-se esperar que a similaridade denuncie a depressão.
Mas, comigo, não.
Na medida do shot, quando a pergunta veio à tona, dali pra frente, meu deus! Não havia outro corpo. Naquele copo de vodka o barman me dava a certeza.
A mudança pelos mesmo passos é possível e nem sempre dá medo.
No mesmo dia, um ano depois, provei que o igual pode ser diferente. Deixei de lado a face carente. Entrei no banheiro, olhei no espelho e tomei coragem. Assinei embaixo o meu nome e meu recado.
Pedi minha caipivodka com morango e adoçante. E recebi o meu drink. Com açúcar e maracujá.