quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aos 28.

Aos 28.
Nem lembro o que pensei, quando era mais nova, sobre como eu estaria nessa idade. Lembro de algumas brincadeiras bobas de menina em que a gente dizia com quantos anos iria casar e ter filhos, quais seriam as profissões, onde moraríamos quando fossemos adultas...

Bem, eu sou adulta. Eu acho. E lembro perfeitamente que nesses joguinhos eu nunca fui capaz de definir meus planos. Talvez por não ter essa preocupação toda com o "e agora", ou por acreditar que há formas de "foram felizes para sempre" que não são tão convencionais.
Nunca fui boa de fazer planos. Mas de alguma forma estou tendo a minha vida de conto de fadas.

Ter uma família como a minha não é só uma sorte. Como diz o clichê: é um presente que a vida me deu.
Meus pais são pessoas iluminadas, sempre dispostos a estar do meu lado sem nunca esquecer de perturbar um pouquinho. Meus irmãos mesmo longe fisicamente são meus grandes amigos e trouxeram duas mulheres pra família que, sem ter peito pra admitir, em ato falho já chamei de irmãs.
Meus tios e primos também fazem parte dessa união, que me faz ter muito prazer em estar com a familia.

Meus amigos são ooootemos! Escolhidos aos montes mas nem por isso menos importantes. Fico muito muito feliz em saber que sou capaz de agregar tantas pessoas ao meu redor! E posso dizer modestamente que não preciso fazer muito esforço pra isso, não!

Os príncipes que conheci até agora não foram muito convincentes.
Imagino que deve ser difícil desdobrar alguém como eu, independente e... Alta!
Mas tudo tem seu tempo.

Amo escrever! Adoro fazer o que faço, apesar de ter de vez em quando do que reclamar e de sonhar com um aumento digno de ganhador da mega sena.

Eu realmente não faço planos. Não sei planejar nada além de uma viagem pelo mundo.
Mas ta aí! Esse plano de sair vivendo assim, intensamente aos poucos têm dado certo.
Os percalços até vêm de vez em quando. Mas só pra me lembrar das tantas coisas positivas que tenho por perto.

E assim como eu não sabia imaginar o meu futuro aos 9, ainda não faço ideia de onde estarei com o passar dos anos.
Só sei que sempre com a dieta ao meu lado, minha fiel inimiga.
E com certeza Correndo muito por aí!
Obrigada a todos por fazerem parte desses 28 anos. Nunca poderia imaginar que teria tantos esses motivos para ser feliz.

domingo, 25 de novembro de 2012

Palabras

Si supiera escribir en español
Un poco más que creo
No estaría más por acá
Si no en un mundo nuevo.
Mis palabras son latinas
Como oí por allá
Y se que no es mentira
Yo soy mismo más que acá.
Mis sentimientos en español
Me parecen más fuertes
Portugués es mi lengua
Más no la lengua de mi poesía.
Puedo escribir todo.
Sea en la lengua que quiera
Más no se sentir tanto
Cuando sinto en esa cultura.
Puedo temer mi dolor
Y olvidar mis palabras
Más se que no hay emoción más grande
Que decir sin gaguear
Para todo el mundo oír
Yo soy enamorada por ese lugar.

sábado, 24 de novembro de 2012

Mensaje

En cuanto digo adiós:
He llegado el momento de borrar,
Un mensaje que no puedo olvidar
Surge de sorpresa al fin del día.

Ya pensaba en nunca más
No me ponerla más en ese lugar
Más viene otra vez el chavo
Cuando no se adonde mirar.

Adelante quería seguir
Sin pensar en otro tiempo
Todavía no me olvidé aún
De aquel sentimiento.

Ahora otra vez vuelvo, es revés:
Y no hay un nuevo argumento
Para dejar todo que pasó a detrás.

Continuo buscando una salvación
Por rostros que no estoy mirando
Y así continúa mi corazón
Sólo, en silencio...
No estoy amando.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mãos do dia

Ele segura a minha a mão como se o mundo fosse acabar.
Não sabe que não precisa apertar com toda a força que faz, mas não quero largar. O meu dia só começa a essa hora. Mesmo depois do café da manhã e de sujar as mãos no jornal.
O dia só amanhece quando ele me dá a mão.
Durante todo um hiato cujas horas correm na contramão, só penso, penso fundo, em acabar a solidão.
Ele vai estar lá ao fim do dia, mas é uma agonia esperar pelo final.
Como crianças a espera do recreio ou milhos de pipoca na panela.
Enquanto passo esse tempo, nesse intervalo quase que de vida, tento viver a minha, sempre uma corrida.
Todos os dias são iguais. Um vício da expectativa, de ao final daquele dia, ele pegar a minha mão e dizer novamente o que se diz por aí de mãos dadas.

Par de sapatos

- Agora vocês vão correr e achar o par do sapato de vocês! 1, 2, 3, valendo!!!

Uma brincadeira de festa infantil. Tudo que eu precisava agora era achar o meu outro pé de sapato. Não só um, pra dizer bem a verdade.
Queria um par de sapatos comigo. Um par de tênis pra correr ao meu lado e pra sair por aí mudando meu rumo a cada esquina.
Não imaginava na minha infância, quando a maior dificuldade era desembaralhar tênis sujos da pilha no chão, que a metáfora seria tão difícil na vida adulta.
Desembaralhar pessoas é bem mais complicado... E puxar o pé errado é sempre muito fácil...
Às vezes na imaginação penso nessas brincadeiras e como seria se eu tivesse que descrever meu sapato, mas não pudesse vê-lo e nem saber como é de verdade.
Eu poderia dizer cores, tamanhos, saltos... Até onde foi feito!
Mas mesmo que eu imaginasse perfeitamente, nunca seria igual ao que tenho nas mãos.
Sapatos e tênis... Um só pro resto da vida?! Mas um só par que servisse pra tudo! E eu não teria mais que imaginar e nem trocar. A validade dependeria do meu cuidado e da minha vontade de caminhar.
Ah, se fossem as pessoas fáceis de calçar. Até pro meu pé tamanho 40 eu teria um par!
Mesmo diferente do pensamento, seria simples o sentimento. Não preciso mais de outros pares e nem da perfeição de um imaginário.
Só precisaria de, com os pés descalços, encontrar pra mim meu par.