domingo, 12 de outubro de 2008

Dividendos

Na minha soma
Sádica é minha dor
Que minha conta não sabe
Se de fato tem valor.
A matemática é minha
Que somatizo sem somar.
Meu total
Não é número perfeito
Mesmo sem nada restar.

Soma

Uma dor somática
Ai, meu corpo!
Com quilos extras com razão
De uma vida dramática.
Com mais tragédia e menos solução
De um dia desses de estorvo.
Finjo não sentir mais
Pra ver se tudo sai.

Me ajuda com a matemática?

Manha

Meu humor russo
Numa constante montanha
Nem reconheço o curso.

Não à toa, talvez
Eu descubra meu trajeto
Mas tento manter a sensatez.

Apesar das dores
Mesmas, iguais a sempre
Não sei ter amores.

Numa ansiedade tamanha
Que sinto corroer o estômago.
Preciso parar de fazer manha.