segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dita

Tem dias que é assim mesmo.
Não dá pra aguentar.
Nem sei o que fazer
Nada alivia isso.
Não consigo me concentrar...
Nem sei quanto ao sentimento
Só interessa o resto.
Eu to num desespero,
Tão grande que até
To fingindo respirar.
Não sei se é só meu medo
Ou se sinto de verdade
Algo além da vaidade
De ser só sua por um instante
E te entregar meu desejo.

Ai, mulheres...

E como toda mulher que não se engana, resolvi falar mais do que o devido.

Não conta

Até para a pouca vergonha
Há coisas explícitas demais.
Sabe-se lá quais são...
Eu nem sei.
Mas prefiro esconder
Antes que seja cedo
Revelar um segredo
Que eu finjo não ter.

Apresentação anual

Faz tempo que não...
Há ano.
Culpado é aquele
Que diz ser impossível
Dar o ar a tudo aquilo.
Quisera o esquecimento
Parecer contradição
Do passado do ano
Que não ficou pra trás.
Agora que faz aniversário,
Nem adianta disfarçar.
Saudade não é nostalgia
Mas há quem ache que há
Solução pra alegria
Roubada da mão do ido
E que não há mais de voltar.
Enquanto o ano que não passou
Insiste em não chegar,
Apresenta-se a dor
Como quem nada diz:
Prazer,
Meu nome é.