quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Re me tente


Minhas cartas remetidas ao vazio
Assim como suas páginas
Em branco puro, sem sequer uma lágrima de tinta.
Não há correio do amor.
O destino se encarrega de devolver?
Não há quem possa acusar recebimento,
Ou dizer: "mudei de endereço. Não me procure mais".
Pra onde posso enviar a mensagem?
Não há destinatário.
Não há.
E o que será do meu coração,
Nessa comunicação de um só,
Em que palavras já se esgotaram de tanto não serem ditas?
Cadê a pena?
minha caneta nem escreve mais...
Sei que em algum lugar do mundo
Deve haver... Espero haver...
Quero haver...
Alguém do outro lado do meu mundo.

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