segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Outra vez o mesmo drink

Às vezes é disso que a gente precisa. Um drink forte, pesado, pra embebedar de vez as lembranças de um passado machucado. Tem horas que só a embriaguez nos permite sair do estado de inércia e da imersão cega a que nos afogamos.
De ano em ano, por mais que se tenha tentado, através de drinks e sobriedades, o resultado pode ser inesperado.
Em uma noite onde tudo pode dar errado, onde o fracasso nem sempre dorme cedo, é na luz do sol seguinte que muita emoção se explica.
Em uma boa dose pode-se esperar que a similaridade denuncie a depressão.
Mas, comigo, não.
Na medida do shot, quando a pergunta veio à tona, dali pra frente, meu deus! Não havia outro corpo. Naquele copo de vodka o barman me dava a certeza.
A mudança pelos mesmo passos é possível e nem sempre dá medo.
No mesmo dia, um ano depois, provei que o igual pode ser diferente. Deixei de lado a face carente. Entrei no banheiro, olhei no espelho e tomei coragem. Assinei embaixo o meu nome e meu recado.
Pedi minha caipivodka com morango e adoçante. E recebi o meu drink. Com açúcar e maracujá.

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