domingo, 25 de abril de 2010

Na estação, uma luz!

Raro transcrever frases e poesias de outros, mas essas duas merecem destaque. Não sei se por definir muito da minha personalidade, ou se apenas por expor a sensibilidade, mas Andy Warhol soube bem dizer em poucas letras, duas grandes verdades:

"O sexo é uma ilusão. O mais excitante é não fazê-lo".

"A fonte dos problemas das pessoas são suas fantasias. Se você não tivesse fantasias, você não teria problemas, porque você aceitaria qualquer coisa que estivesse na sua frente. Mas aí você não teria romance, porque o romance é encontrar fantasia em pessoas que não são sua fantasia".

quinta-feira, 22 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Descarrego

Sai de mim que este corpinho não te pertence!!

Permissão

Você me permite enlouquecer,
Dizer tudo o que eu já disse,
Mas que continua entalado na garganta?
Você me permite ser feliz com você?
Estou tão perto da felicidade...
Me deixa provar um pouco dela...!
Você me permite tentar de novo?
Me permite fingir que nada ruim aconteceu
E que estamos fazendo tudo pela primeira vez?
Você me permite sonhar acordada?
Invadir a sua boca e o seu pensamento?
Morar na sua intimidade,
Ser a sua privacidade?
Me permite apagar os tristes e construir os felizes?
Me permite acreditar que fizemos de tudo?
Que fomos ao limite?
Que as desculpas foram reconhecidas
E que os medos foram demitidos?
Me permite viver com você,
Já que sozinha não sei o que fazer?
Me permite ao menos dizer que ainda sou louca por você?
Me permite dizer só 3 palavrinhas?

Hojes

A gente não precisa ter um sempre.
Pode até ter futuro incerto.
Posso ser feliz em alguns momentos...
Só quero ter muitos hojes.

Outra vez

Queria ter esse prestígio.
Ouvir o que dizem e dar um sorriso.
Sentir com áudio o orgulho que tenho.
Proclamar que amo esse vício.
Queria apagar meus erros todos.
Me desculpar pelos exageros...
E tentar mais uma vez:
Vamos começar de novo?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uiii!

Meu peso não tem 3 dígitos,
Meu rosto tem pouca espinha.
Tenho de leve um corpo bonito
E uns dizem que tô até gostosinha.
Nesse mundo tão imprevisível
Quem não mostra a que veio
Se torna ser inatingível,
Fica apenas a passeio.
Portanto hoje meu vício
Vai virar outro objeto
Que é melhor não falar em comício
Pra não ficar indiscreto.

?

- Como assim?

- Foi assim... Meio rápido...


Tão rápido que eu nem vi...

Lema

A partir de agora, sigo pra sempre minha intuição.

Carta próloga do amor

Eu sou louca, maluca e todo o resto.
Mas a cada dia penso mais ainda em você.
É como se pensar em você dissesse o que quero pela frente.
Ainda não tivemos nada. Ainda nem nos conhecemos.
Mas é como se eu soubesse todas as suas qualidades.
Como se eu já esperasse um muito de tudo.
Tenho medo de gostar muito de você.
Tenho medo de ficar dependente!
Tenho medo de rir demais e dançar valsa até ter calos.
Tenho medo de viver demais!
Tenho tanto medo de amar errado...!
E mesmo que seja tudo muito rápido, ou que você nunca seja meu namorado, já sinto um dia ter te amado.
Até para, apenas, mais uma vez amar.

Ainda morro quando não há gentilezas.
Ou quando o bom dia parece forçado.
Mas sei que tudo faz parte do caminho.

Às vezes receio viver no prólogo. E até continuar na contra-capa.
Mas depois de tudo que tivemos, sei que ainda vale a pena amar livro rasgado.
Só continuo com medo de nunca mais amar o amor.

Em breve, cenas dos próximos capítulos...

Deliciosamente ansiosa
Pra viver de novo!
Louca pra criar uma prosa!

Por essas e outras

Por isso.
E por tão pouco,
Por tanto e por cada.
Por não saber
Por não ter.
Pura roubada.
Por pensamento,
Por tudo,
Pôr? Nada!
Por intuição...
Por hora,
Portanto!
Porém por tanto,
Ainda nada.

Looping

Não tem jeito.
Ou me dou muito,
Ou não me dou nada.

Caso resolvido

Resolvi fazer uma resolução
Depois de rezar
E de procurar solução
Assumo sem ressentimento
Que meu pensamento é raso:
Virei egoísta!

sábado, 10 de abril de 2010

Todo ditado popular, vem sempre a calhar!

Escrevi em 2007, mas é atemporal!


Ditado popular



De grão em grão, a galinha se encheu.
Mas eu pergunto:
A galinha era ele, ou era eu?

Mais uma das antigas que gosto muito!


De todos que existem
A apatia é o pior mal
Nas trevas que residem
Qualquer sentimento é tal
Que por maior que seja a dor
Ignoro a hipótese do horror
De nada sentir.

Mentir que gosto da raiva
Serve pra proteger
O masoquista não pensa.
Apenas sente o meu prazer.

No estágio da irrelevância
Percebo que lá no fundo
O que não se esquece é a importância.
E por mais que todo o mundo
Diga não conhecer este lado
Bem sei eu que tudo é ânsia
De a ninguém pertencer.

(de junho de 2007)

Poesia do P


Um pé parado no ponto
Pronto pra pisar
Amassar o podre
Purificar o prato
Cheio de preconceito
Que o padre não soube curar

A pedra no caminho
A ponte, um desvio
O peso e o torpor
Pra uma pessoa sem valor
Parece palhaçada
Parte de uma piada
Prefiro permanecer
Aqui, então, parada.

(poesia escrita em abril de 2007)

Intestino

Ele me chama
Eu digo:
Calma!
Se de novo ele reclama
Eu obedeço.
Às vezes é assim,
Às vezes é o oposto
Numa relação perfeita,
Sem egoísmo.
Apenas prioridades. 



(esta poesia é de 08/05/2008, mas vem muuuito a calhar neste momento da minha vida)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Estimação

- Não quero saber esses seus detalhes.

- Não era isso que você me dizia quando me conheceu...

- As coisas mudam, Léa.

- As coisas mudam sim Ricardo. E você, pelo visto...

- Pelo visto, o quê?

- Se tornou esse homem arrogante que você é!

- Você também não a 'moça fina' que me dizia ser...

- Nunca te disse nada disso! Você acreditou em uma mulher que queria ter do lado! Nunca me viu de verdade!

- E as crianças, Léa? Como vão ficar? Na sua casa e eu visito nos finais de semana?

- Que crianças, Ricardo! A gente não tem filhos!

- E o Bob e a Juju...?

- Pode levar a Juju...

- Hum... Vou sentir saudades do Bob...

- Já já ele morre... É bom pra desapegar...

- Você é uma bruxa, Léa!

- Não... Só estou é com muita raiva de você.

- Quando foi que acabou a paixão?

- Logo depois da sua viagem...

- Depois do sexo?

- Não... Acho que depois do sexo descobrimos o que estava na cara.

- Você foi a única mulher que eu amei, Léa.

- Você foi o único com quem tentei.

- E se você não fosse...

- Se eu não fosse, Ricardo... Ah! Se eu não fosse...!

- Te cuida, Léa. Você sabe que eu te am

- Não fala mais nada, Rico.

- Você não me chama de Rico desde Paris.

- Eu sei... E se a gente...?

- Será?

- Por que, não?

- Léa...

- Rico...

- Hum...

- Tá tarde... Não é melhor deixar pra outro dia?

- É... Você se importa?

- O sofá não é confortável...

- É né... E só por hoje, não tem problema...

- Tem nada!

- Tem nada.

...

Pela manhã, Bob lambia quatro pés na cama e Juju cantarolava verde.

sexta-feira, 2 de abril de 2010