Não seria minha?
A culpa por crer, por esperar, por querer demais...
Por acreditar na palavra alheia,
Por confiar em verdades ditas em falsidade?
Não seria minha.
Por uma enganação
Por um fingimento,
Uma decepção trazida pela covardia.
Mas eu sei da minha culpa.
Eu sei.
Meu mundo é feito por homens.
Meu mundo é feito de ratos.
No entanto, roídas,
Sempre e culpadas,
Somente as minhas.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Um
Uma sintonia.
Um denominador.
Uma semântica.
Um amor.
Um lado.
Um verso.
Uma saudade.
Uma frase.
Uma espera.
Uma traição.
Uma culpa.
Uma memória.
Uma perda.
Um desejo.
Uma paixão.
Um sempre.
Um de muita coisa.
Um de tudo.
Mas um só, nunca são dois.
Um denominador.
Uma semântica.
Um amor.
Um lado.
Um verso.
Uma saudade.
Uma frase.
Uma espera.
Uma traição.
Uma culpa.
Uma memória.
Uma perda.
Um desejo.
Uma paixão.
Um sempre.
Um de muita coisa.
Um de tudo.
Mas um só, nunca são dois.
Mal-me-quer
Em apenas umas palavras
A racionalidade sobressai
Através da ajuda de um medo
Que pra uns chega sempre mais cedo.
Eu que não titubeio
Retomo agora meu presente
Corro de um atraso passado
De uma dor que já havia abandonado.
Na esperança da loucura
Invisto novamente na própria
Mesmo ao consolar a morte
De um amor que cedeu à sorte.
A racionalidade sobressai
Através da ajuda de um medo
Que pra uns chega sempre mais cedo.
Eu que não titubeio
Retomo agora meu presente
Corro de um atraso passado
De uma dor que já havia abandonado.
Na esperança da loucura
Invisto novamente na própria
Mesmo ao consolar a morte
De um amor que cedeu à sorte.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Pra não dizerem por aí que eu esqueci deste blog
Dificilmente utilizo outros em meus lábios,
No entanto, no verso que gostaria de ter agora,
Não encontro palavras...
Pra não deixar o vazio ainda maior
Empresto sílabas e contradições.
Eu não poderia ignorá-las.
Assumo a tcholisse:
"No Dia em que ocê foi embora, eu fiquei
sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi,
pensando em nós dois"
(Lenine e L. Queiroga)
No entanto, no verso que gostaria de ter agora,
Não encontro palavras...
Pra não deixar o vazio ainda maior
Empresto sílabas e contradições.
Eu não poderia ignorá-las.
Assumo a tcholisse:
"No Dia em que ocê foi embora, eu fiquei
sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi,
pensando em nós dois"
(Lenine e L. Queiroga)
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Uma xícara de chá
Diz o meu professor de filosofia do cinema que a realidade é falsa. Tudo é falso. Não existe um único conhecimento que seja verdadeiro, a não ser o sobre sua própria falsidade. As imagens e nossa percepção são tão difusas...Mas se a vida fosse uma grande profusão de realidades sem fundamento, os dias não passariam de brincadeiras de criança.
- Carminha, você gostaria de uma xícara de chá?
- Mas não há nada dentro.
- Finge que tem.
É. Eu poderia fingir que há alguma coisa dentro. Assim como a Carminha poderia servir-se de um chá de qualquer erva do planeta, existente ou imaginária. Eu poderia acreditar que existe vida após a morte, que existe amor e que as palavras não são apenas fonemas e encontros vocálicos. Eu poderia. A Carminha poderia.
Mas de que me bastaria viver acreditando em brincadeiras verídicas? Na minha realidade não há tempo para que a ilusão se esparrame. O chá derramado pode queimar.
Há quem diga que é em sonho que se encontra a verdadeira falsidade. Que a verdade palpável já transcendeu ao limiar de sua própria consistência. Portanto, seria só ao aceitarmos a falsidade como verdadeira que ela teria realmente seu reconhecimento e sua capacidade de sublimação.
Eu, no entanto, ainda sofro as agruras da verdade humana, do concreto, do asfalto. Na dureza de meu físico, percebo que mesmo quando creio em tanta falsidade, a verdade me puxa ao chão como força centrípeta à sua órbita.
Não há mais o que temer. Não há mais o que tomar. Derramei tudo. As lágrimas, falsas que só, molharam minhas verdades.
- Carminha, você gostaria de uma xícara de chá?
- Mas não há nada dentro.
- Finge que tem.
É. Eu poderia fingir que há alguma coisa dentro. Assim como a Carminha poderia servir-se de um chá de qualquer erva do planeta, existente ou imaginária. Eu poderia acreditar que existe vida após a morte, que existe amor e que as palavras não são apenas fonemas e encontros vocálicos. Eu poderia. A Carminha poderia.
Mas de que me bastaria viver acreditando em brincadeiras verídicas? Na minha realidade não há tempo para que a ilusão se esparrame. O chá derramado pode queimar.
Há quem diga que é em sonho que se encontra a verdadeira falsidade. Que a verdade palpável já transcendeu ao limiar de sua própria consistência. Portanto, seria só ao aceitarmos a falsidade como verdadeira que ela teria realmente seu reconhecimento e sua capacidade de sublimação.
Eu, no entanto, ainda sofro as agruras da verdade humana, do concreto, do asfalto. Na dureza de meu físico, percebo que mesmo quando creio em tanta falsidade, a verdade me puxa ao chão como força centrípeta à sua órbita.
Não há mais o que temer. Não há mais o que tomar. Derramei tudo. As lágrimas, falsas que só, molharam minhas verdades.
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